Nove mandados de prisão foram cumpridos na manhã desta quarta-feira, quando cerca de 70 agentes da Polícia Federal deflagraram a Operação Exérese, ação que investigava envolvidos em processos licitatórios irregulares na contratação de diversos serviços prestados pela empresa de vigilância SERPOL, de propriedade do empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, em serviços realizados na Secretaria Estadual de Educação.
O empresário foi preso no dia anterior, em Brasília, onde residia atualmente, após sair de um depoimento que prestava em juízo. Ao todo foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão, um deles cumprido em Belém, além disso, os bens de Montenegro foram pedidos em seqüestro. Em Macapá os presos foram Aluísio Júnior, Edvaldo Pascoal, Ubiratan Vale, Caio Montenegro (filho de Montenegro) e Lourenza Keila (secretária do empresário), além deles, a secretária adjunta Albertina Guedes, e o secretário de educação Adauto Bittencourt – estes, após prestarem depoimento foram liberados.
O empresário possui um hotel ecológico que está sendo construído no município de Afuá/PA, carros, diversos imóveis, fazendas, galpões e três apartamentos no Ceará. No período de governo do ex-senador cassado por compra de votos, João Alberto Capiberibe, Montenegro recebeu vários contratos na área de vigilância.
Segundo a Polícia Federal, Montenegro chefiava uma quadrilha que agia em diversos esquemas entre eles: formação de quadrilha, peculato, apropriação indébita previdenciária, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem tributária, falsidade ideológica e falsificação de documento público.