A construção da ponte sobre o rio Oiapoque, que deverá interligar o Amapá ao Platô das Guianas, traz preocupações para muitas famílias e parlamentares tanto do Amapá, como guianenses.
Para o deputado estadual Paulo José (PR), o assunto deveria estar sendo discutido de forma mais ampla, com a participação do Congresso Nacional. " A construção da ponte tem que ter medidas preventivas. Hoje se fala muito em questão econômicas e nos interesses na venda de produtos, mas não se fala a questão social que é prioridade. Como vai ficar o cidadão brasileiro que terá acesso pela ponte ao território francês? Que medidas serão tomadas? Será igual a ponte do Paraguai? As discussões não têm acontecido. Mais dias ou menos dias essa ponte será uma realidade e a partir daí, como serão, por exemplo, aqueles que tem interesses em Oiapoque e que são guianenses e aqueles que são guianenses e querem vir ao Brasil, mas que nenhum e nem outro tem legitimidade de ficar em solo estrangeiro? No sul do país existe uma legislação específica para o caso" , argumentou PJ.
Leis específicas - Para Paulo José, a saída seria discutir projetos de leis que regulamentem a situação tanto de brasileiros, quanto de guianenses. " Por isso estamos fazendo, exatamente, um trabalho preventivo para que o Congresso Nacional e a nossa bancada possam criar e apresentar projetos de leis par aque possam não só fazer essa prevenção como também gerar possibilidade de que o cidadão brasileiro possa ir com segurança até o solo francês e vice e versa. O PIB das Guianas é produzido em 30% por brasileiros e desses, a maioria são clandestinos. Então, como regularizar a situação deles?" , concluiu. (por Janderson Cantanhede)