Com base em uma estimativa incompleta que aponta economia aos cofres públicos, o primeiro-secretário da Câmara, Rafael Guerra (PSDB), vai defender em reunião, que será realizada hoje, pela Mesa Diretora da Casa, o aumento do salário de R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil e o fim da verba indenizatória, que destina mensalmente R$ 15 mil a deputados e senadores. O cálculo apresentado por Guerra -que quer votar a medida na semana que vem- aponta economia de R$ 100 milhões ao ano.
A estimativa, porém, desconsidera o efeito cascata em Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. Pela Constituição, o teto salarial dos vereadores está vinculado ao salário dos deputados estaduais, que, por sua vez, têm o teto ligado ao salário dos deputad os federais. Dessa forma, o aumento nos gastos pode chegar a R$ 1 bilhão.