A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prevê para até o final do ano, a implantação de duas bulas de medicamentos, uma com linguagem técnica e outra com informações mais didáticas voltadas para o paciente. Esta última continuará vindo dentro da caixa do remédio, e a primeira deverá ser disponibilizada em forma eletrônica no site da Agência.
Além dessa proposta, outras como, as letras e o espaçamento entre os parágrafos no texto da bula devem ficar maiores, para facilitar a leitura dos textos, trabalho que vem sendo parte de uma consulta pública que o órgão vem realizando no país. “Alguns estudos apontam que as bulas dos remédios vendidos no país são incompletas, excessivamente técnicas para o público leigo e superficiais e desatualizadas para os médicos.”, diz a Anvisa.
Ano passado, 19 bulas de remédios entre antidepressivos, calmantes, anti-inflamatórios, vasodilatadores, antirreumáticos e drogas contra pressão alta e para baixar o colesterol, inclusos em uma lista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) constatou vários problemas como as diferenças entre as informações dos medicamentos de referência e os seus genéricos ou similares. No caso de uma comparação entre as bulas americanas e as brasileiras, na primeira os anti-inflamatórios destacavam o risco de morte por problemas cardiovasculares, e no Brasil – tanto o Voltaren quanto o genérico Diclofenaco Sódico não traziam o alerta.