O bispo católico britânico Richard Williamson, que negou a dimensão do Holocausto judeu, já planejava deixar a Argentina antes de ser expulso pelo governo, afirmou Christian Bouchacourt, superior para a América do Sul da Fraternidade São Pio 10º, à qual ele pertence.
O bispo Richard Williamson, que questionou o Holocausto
"Vai acontecer o que já estava previsto: ele sair do país, como já pretendia. Tem dez dias para fazê-lo e é evidente que mudará de país", disse Bouchacourt, que não especificou qual será o novo destino de Williamson.
O governo da Argentina ameaçou hoje expulsar Williamson caso não o abandone por conta própria em dez dias. Por determinação do ministro do Interior, Florencio Randazzo, a Direção Nacional de Migrações da Argentina "ordena Richard Nelson Williamson a deixar do país no prazo de dez dias, sob advertência de ter decretada sua expulsão", disse o governo em comunicado.
As autoridades argentinas alegaram que o bispo ultraconservador "fraudou reiteradamente o verdadeiro motivo de sua permanência no país".
Segundo o Ministério do Interior da Argentina, Williamson declarou "ser um empregado administrativo da Associação Civil La Tradición quando sua verdadeira atividade era a de sacerdote e diretor do Seminário que a Fraternidade São Pio 10° possui na cidade de Moreno", nos arredores de Buenos Aires. (Folha online)