sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Entrevista

“Não tem como dar errado”
Gilvam Borges conta os passos para viabilizar projeto ccc
de crescimento e geração de empregos no Amapá
Nesta semana, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), líder da bancada federal do Amapá no Congresso Nacional, esteve em audiência com o Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, juntamente com o governador Waldez Góes, sua equipe de assessores, entre eles Alberto Góes, e o prefeito da capital, Roberto Góes, e defenderam um grande projeto para tratar das questões emergentes do Amapá. O projeto de infra-estrutura para o Estado está orçado em R$800 milhões. Nesta entrevista, Gilvam nos conta sobre os projetos em marcha e os passos tomados para a execução deles.
- Qual a importância desse projeto para o Amapá?
- Sem dúvida, estamos nos preparando para alavancar o desenvolvimento do Amapá. Somos um dos Estados mais jovens da Federação, a exemplo de Roraima e Tocantins. Nossa emancipação política e econômica data de 1988. Mas o Amapá já encontrou a sua vocação: a vocação do turismo, a vocação da agroindústria, a vocação da indústria, pela posição geoestratégica do Estado do Amapá.
- Por que “posição geoestratégica”, senador?
- Porque nós estamos aqui, na grande foz do rio Amazonas, às portas do grande oceano Atlântico. Por este motivo, somos o portal da Amazônia, por onde os navios que levam e trazem riquezas adentram até o grande Estado do Pará, Rondônia, Acre, Roraima. É justamente no Delta. Por isto o Amapá se estrutura com posições vantajosas.
- E o Amapá já tem um projeto desenhado para obter os recursos junto aos BNDES?
- Tem, sim. Hoje, contamos, decisivamente, com um projeto já bem elaborado e discutido pelo Governo do Estado para podermos buscar os R$800 milhões para a pavimentação, para a construção de pontes, para a pavimentação das AP 010, 340, 070, com as quais iremos interligar os municípios de Amapá, Pracuúba, Itaubal, Vitória, Laranjal do Jari. Estamos, portanto, de forma bem acelerada, buscando obras urgentes, inadiáveis e estruturantes.
- O Amapá está, então, apostando no crescimento em meio à crise, que é mundial?
- As crises geram oportunidades e estimulam a criatividade. É nesse momento de crise, que nós realmente buscamos as grandes alternativas para permear os caminhos do desenvolvimento. Nós estamos, por exemplo, com o Leão do Tucuruí também chegando pelo sul do Estado, por Laranjal do Jari, e isso nos traz a segurança definitiva de que as futuras indústrias que haverão de tomar assento em terras amapaenses terão o que é mais importante, que são justamente energia, estradas, pontes, condições para que se possa produzir e ter condições de receber e de mandar, ou seja, de importar e de exportar.
- Diz-se muito que o senhor, a despeito de bem humorado e brincalhão, é muito disciplinado e trabalha com afinco, cumprindo programas estrategicamente elaborados...
- Eu agradeço os adjetivos. Mas digo, e repito sempre, que não vim ao mundo a passeio. Vim a trabalho. Mas quando a gente gosta do que faz, consegue fazer melhor, e ainda se divertir. Mas, realmente, estamos trabalhando de forma correta, bem planejada. Por isso, me congratulo com o governador Waldez Góes, sua equipe e a bancada federal. Aliás, digo mesmo, com toda modéstia, que tenho a honra de ser o líder dessa bancada, que tanto peleja pelos mais altos interesses do Estado do Amapá e do País.
- A imprensa noticiou encontro do senhor com a governadora Ana Júlia Carepa, do Pará. Qual o objetivo?
- Estive com a governadora Ana Júlia para tratar da abertura de um grande encontro dos governadores dos Estados que compõem a Grande Amazônia para trabalharmos em um projeto que consideramos da mais importância estratégica para o desenvolvimento da grande região amazônica, que é justamente a hidrovia Transmarajoara, porque é uma hidrovia.
-Qual a vantagem da Transmarajoara?
- A exemplo do que ocorreu com o grande canal do Panamá, acreditamos que a hidrovia Marajó diminuirá a distância da chegada dos navios à metrópole da Amazônia, Belém, e, em seguida, Manaus, ao grande Estado do Amazonas, e isso terá um custo gigantesco para a grande região amazônica. Acho que essas obras estruturantes são fundamentais para que possamos, sem dúvida nenhuma, trilhar pelo caminho do desenvolvimento.
- E o Banco da Amazônia, não vai se atrelar a esse projeto de crescimento do Amapá?
- Eu estive com a direção do Basa e estamos nos organizando para captar os recursos necessários e possibilitar que as forças vivas da economia possam realmente fazer o que é uma preocupação do País todo, hoje liderado pelo Presidente Lula, que é a geração de postos de trabalho, de riquezas. Isso já ocorre dentro de um trabalho que estamos assentando por todos os caminhos que estamos percorrendo. Vai dar certo.
- O senhor é sempre otimista assim?
- Pela praticidade e objetividade, o meu perfil é o perfil do andarilho, do caminhador, que bate de porta em porta, que vai buscar os recursos, que vai aos ministros, que bate ponto nas ante-salas aguardando ser atendido. É um trabalho incansável como o de uma formiga. Por esse motivo, uso a tribuna do Senado, atuo nas comissões técnicas, apresento projetos, mas confesso que a minha vocação é de buscar soluções, de buscar resultados e de subsidiar os nossos gestores, os gestores públicos, como prefeitos e o próprio governador do Estado. A sensação de dever cumprido é a chave para o otimismo. Se você faz certo, não tem como dar errado...