Dois outros tremores, um de 4,8 graus e outro de 3,6 graus voltaram a assustar os moradores durante a noite, mas não há registro de que tenham causado novos danos significativos.
Ao menos 50 mil pessoas estão desabrigadas após a destruição de pelo menos 17 mil imóveis --outros estão vazios pelo temor dos moradores de novos tremores. Muitos dos que tiveram as casas destruídas ou desocupadas após a tragédia passaram a noite em seus carros. O prefeito de, L'Áquila, capital de Abruzzo, Massimo Cialente, também passou a noite em seu automóvel. "Dormi uma hora", disse o prefeito ao diário "La Repubblica". "O resto da noite visitei abrigos em solidariedade aos cidadãos".
A chuva cessou na região depois de dificultar as buscas em uma noite em que a temperatura não passou dos 4º Celsius. A previsão de tempo para a terça-feira é de dia nublado e as equipes de resgate --que correm contra o tempo na busca por sobreviventes-- torcem para que o clima dê uma trégua.
Bombeiros e trabalhadores da Defesa Civil retiraram mais de cem pessoas vivas dos escombros de L'Aquila --cidade de 68 mil habitantes em cujo centro histórico houve desabamento em todas as ruas-- e em 26 cidades menores e vilarejos da vizinhança. Casas, igrejas antigas e outros prédios foram afetados em toda a região.
De acordo com a Defesa Civil, 5.100 pessoas trabalham na busca dos desaparecidos e na assistência à população desabrigada.
Berlusconi decretou estado de emergência e foi à zona do desastre, cancelando uma viagem a Moscou. Mais tarde, ele disse que seu governo estava destinando 30 milhões de euros para assistência imediata às vítimas e afirmou que esperava uma contribuição de centenas de milhões de euros de um fundo especial da União Europeia. Ele deve voltar à região nesta terça.