Falsário: do latim falsarius, enganador. Um dos mais famosos falsáios de dinheiro de todos os tempos foi o português Arthur Virgílio Alves dos Reis (1896 - 1955). O caso está relatado no livro O Homem que Roubou Portugal, de Murry T.Bloom. Parece romance, mas é verídico. Primeiro, Alves dos Reis falsifica um diplona de engenheiro da Escola Politécnica de Engenharia, da Universidade de Oxford- escola que não existia! Um notário de Lisboa reconhece a validade do documento. De posse dele, o dono segue para Angola, em 1916, onde trabalha como Superientendente de Engenharia no Departamento de Obras Públicas. Ali, dedica-se a recuperar locomotivas emperradas> em 1919, sai do emprego e recebe das autoridades este elogio: " Alves Reis desempenhou-se das tarefas a seu cargo com grande zelo e competência, bem servindo à colônia e do mesmo modo à República". De volta a Portugal, em 1922, compra ações de uma companhia que operava em Angola, emitindo cheques a serem descontados em Nova York. Passa 40.000 dólares em cheques sem fundo e, em 1925, falsifica 2 milhões de cruzados em moedas de 500.Leva dez meses de vida nababesca.
Preso é condenado a 20 anos de prisão. " O crime de falsificaçao era punido com prisão até três anos, mas recuperaram uma lei que já nao estava em vigor à data dos actos para o poderem condenar a 20".