sexta-feira, 20 de março de 2009

O Silêncio Vale mais do que Mil Palavras

"Diante de sofrimentos atrozes, sentimo-nos inaptos e não encontramos as palavras certas. O silêncio respeitoso e compassivo, uma presença orante, um gesto de ternura e de conforto, um olhar bondoso, um sorriso, muitas vezes conseguem mais do que muitos discursos". Com estas palavras o Papa Bento XVI incentivou nesta última quinta, 19, o apoio espiritual e conforto aos enfermos, em sua visita ao Centro Nacional de Recuperação de Deficientes de Camarões, Centro "Cardeal Paul Emile Léger".
O Santo Padre deixou uma palavra de estímulo aos que, "na própria casa, nos hospitais, nos estabelecimentos especializados ou nos postos de atendimento médico, são portadores de uma deficiência, motora ou mental" e aos "que trazem na sua carne os sinais das violências e das guerras".
"Penso também em todos os doentes e de modo especial aqui, na África, naqueles que são vítimas de doenças como a Aids, a malária e a tuberculose. Sei que, junto de vós, a Igreja Católica está fortemente empenhada numa luta eficaz contra estes terríveis flagelos, encorajando-a a prosseguir com determinação nesta obra urgente”, acrescentou.
Trabalho com os sofredoresBento XVI defendeu que "para todo o homem, o respeito da vida é um direito e ao mesmo tempo um dever, porque cada vida é um dom de Deus".
"A vós, investigadores e médicos, compete realizar tudo o que é legítimo para aliviar a dor; cabe-vos em primeiro lugar proteger as vidas humanas, ser os defensores da vida desde a sua concepção até ao seu termo natural", disse ainda.
O Papa manifestou o seu apreço por todos os que "trabalham ao serviço das pessoas que sofrem" e encorajou "os sacerdotes e as pessoas que visitam os doentes a empenharem-se com a sua presença ativa e amiga na pastoral da saúde nos hospitais ou para assegurar uma presença eclesial no domicílio, para conforto e apoio espiritual dos doentes".
Citando a figura de um africano, Simão de Cirene – que os Evangelhos apresentam como o homem que ajudou Jesus a carregar a cruz -, o Papa sublinhou que "todos os africanos e todos os homens que sofrem ajudam Cristo a levar a sua Cruz e sobem com Ele ao Gólgota, para com Ele ressuscitar um dia".