A previsão para 2009 ocorre em razão de demissões feitas por grandes companhias do setor industrial, que devem se intensificar, e considera o que já ocorreu com o mercado de trabalho após três crises econômicas enfrentadas pelo Brasil: de 1990 a 1992, 1999 e 2003.
O Ipea avalia que os empregados com rendimento acima de dez salários mínimos (R$ 4.650) são os que deverão ter mais dificuldade em encontrar e manter o emprego. É nessa faixa salarial que devem se concentrar as demissões e a rotatividade de trabalhadores (troca de salários altos por baixos).
Também podem encontrar mais dificuldade em se manter no mercado quem ganha de 1,6 a 5 salários mínimos (R$ 744 a R$ 2.325), trabalhadores que foram incorporados mais recentemente às empresas, durante o período de expansão econômica, e não ocupam vagas consideradas essenciais em uma companhia. Com menos tempo de serviço, o custo da demissão também é menor.