Dom Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade de São Pio X a quem o Papa levantou a excomunhão, pediu perdão ontem, quinta-feira às vítimas do Holocausto e à Igreja pelas declarações nas quais ele tinha negado a amplidão desse crime contra a humanidade.
Em uma declaração publicada ao regressar a Londres, depois de ter sido ameaçado de expulsão pelo governo da Argentina, o prelado explica que o Santo Padre e seu superior, o Bispo Bernard Fellay, pediram que ele reconsiderasse as declarações que fez a um canal de televisão da Suécia quatro meses atrás, pois suas conseqüências foram muito fortes.
Segundo explica, "ao observar essas conseqüências, posso dizer verdadeiramente que lamento ter feito essas declarações, e se tivesse sabido com antecedência todo o dano e as feridas que provocariam, especialmente à Igreja, como também aos sobreviventes e entes queridos das vítimas da injustiça vivida sob o Terceiro Reich, não as teria feito".
O prelado afirma que na televisão sueca limitou-se a dar "uma opinião, opinião de uma pessoa que não é historiador, uma opinião formada vinte anos atrás em virtude de dados que então estavam disponíveis, e que desde então eu tinha raramente expresso em público". "A todos aqueles que ficaram honestamente escandalizados pelas minhas declarações, diante de Deus lhes peço perdão", afirma Dom Richard Williamson. Rádio Vaticano